Depois de decidido que iríamos
partir para um adopção internacional e em Cabo Verde (e é importante saber onde
se pretende adoptar), lá nos dirigimos aos serviços da SS para encetar esse
mesmo processo.
Tal não foi o nosso espanto
quando nos deparámos com mais burocracia. Para se iniciar um processo destes é
necessário nova recolha de documentos oficiais, sim, os mesmos que já tinham
sido pedidos para o processo inicial.
Isto porque os prazos de validade
dos documentos já tinham expirado (muitos deles só têm 6 meses de prazo de
validade), para além de que conforme os países, os documentos solicitados podem
diferir.
Como o nosso caso seria remetido
para Cabo Verde, e temos a mesma língua, não foi necessária a tradução oficial
desses mesmos documentos. Caso não fosse o caso, seria necessário tratar dessa
mesma tradução. E oficial, não basta que algum amigo nos traduza esses
documentos. Essa tradução tem que ser validada.
Em relação a isto não temos mais
informação, mas de qualquer maneira a Meninos do Mundo presta todo esse apoio.
Depois de recolhidas as novas
vias dos documentos, lá os entregámos nos serviços da SS.
Nessa altura deparámo-nos com uma
outra “dificuldade”.
Acho que posso dizer que a
Adopção Internacional nem sempre é bem vista por alguns técnicos da SS.
Sim, pode ser um tiro no escuro…
Mas, isso também pode acontecer por cá, ou não?
Claro que cá, à partida “estamos
em casa”. E lá fora estamos num país estrangeiro, com outros hábitos e outra
cultura, e eventualmente com outra língua. Mas, perante um cenário de espera
tão elevado, acho que ninguém pode ser apontado por optar por algo que se
apresenta como sendo relativamente mais célere.
Se este problema da morosidade
não é da responsabilidade da SS, então que se procurem os verdadeiros culpados,
pois não são os inúmeros casais que tentam adoptar. Ou são?
Passado este “problema”, lá foram
entregues os documentos e o processo ficou pronto para seguir para as entidades
competentes em Cabo Verde, nomeadamente o ICCA (Instituto Cabo-Verdiano da
Criança e do Adolescente).
De seguida pensámos em contratar
um advogado, pois sem ele este processo nunca poderia ser levado a cabo. Ou
seja, em Cabo Verde é fundamental contratar um advogado, pois existem uma série
de procedimentos que a isso obrigam. E, lá começou a nossa demanda.
Mais uma vez falámos com outros
casais que conhecemos e que tinham adoptado por lá, com alguns amigos que são
cabo-verdianos ou que vivem lá, trocámos emails e telefonemas com os tribunais
e com isso elaborámos uma lista com possíveis advogados.
Claro que apesar disto tudo, é
sempre um tiro no escuro e a escolha pode não se revelar a melhor. Mas, é
decidir e seguir em frente.
E escolhemos uma.
Entrámos em contacto com o
escritório e uma das suas assistentes era portuguesa e estava em Lisboa na
altura. Encontrámo-nos e acertámos os pormenores.
Tivemos na altura conhecimento
que outros casais que já tinham adoptado em Cabo Verde, que tinham optado por
só contratar um advogado depois da criança ter sido referenciada. Nós optámos
por proceder deste modo!
Mais uma vez reforçamos que, este
é um relato da nossa experiência e que neste momento alguns dos passos podem já
não ser estes.
Daí aconselhamos que contactem a
Meninos do Mundo para informações actualizadas e esclarecimentos adicionais.
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