sábado, 15 de junho de 2013

O Início da Adopção Internacional.

Depois de decidido que iríamos partir para um adopção internacional e em Cabo Verde (e é importante saber onde se pretende adoptar), lá nos dirigimos aos serviços da SS para encetar esse mesmo processo.

Tal não foi o nosso espanto quando nos deparámos com mais burocracia. Para se iniciar um processo destes é necessário nova recolha de documentos oficiais, sim, os mesmos que já tinham sido pedidos para o processo inicial.

Isto porque os prazos de validade dos documentos já tinham expirado (muitos deles só têm 6 meses de prazo de validade), para além de que conforme os países, os documentos solicitados podem diferir.

Como o nosso caso seria remetido para Cabo Verde, e temos a mesma língua, não foi necessária a tradução oficial desses mesmos documentos. Caso não fosse o caso, seria necessário tratar dessa mesma tradução. E oficial, não basta que algum amigo nos traduza esses documentos. Essa tradução tem que ser validada.

Em relação a isto não temos mais informação, mas de qualquer maneira a Meninos do Mundo presta todo esse apoio.


Depois de recolhidas as novas vias dos documentos, lá os entregámos nos serviços da SS.
Nessa altura deparámo-nos com uma outra “dificuldade”.

Acho que posso dizer que a Adopção Internacional nem sempre é bem vista por alguns técnicos da SS.

Sim, pode ser um tiro no escuro… Mas, isso também pode acontecer por cá, ou não?

Claro que cá, à partida “estamos em casa”. E lá fora estamos num país estrangeiro, com outros hábitos e outra cultura, e eventualmente com outra língua. Mas, perante um cenário de espera tão elevado, acho que ninguém pode ser apontado por optar por algo que se apresenta como sendo relativamente mais célere.

Se este problema da morosidade não é da responsabilidade da SS, então que se procurem os verdadeiros culpados, pois não são os inúmeros casais que tentam adoptar. Ou são?

Passado este “problema”, lá foram entregues os documentos e o processo ficou pronto para seguir para as entidades competentes em Cabo Verde, nomeadamente o ICCA (Instituto Cabo-Verdiano da Criança e do Adolescente).

De seguida pensámos em contratar um advogado, pois sem ele este processo nunca poderia ser levado a cabo. Ou seja, em Cabo Verde é fundamental contratar um advogado, pois existem uma série de procedimentos que a isso obrigam. E, lá começou a nossa demanda.

Mais uma vez falámos com outros casais que conhecemos e que tinham adoptado por lá, com alguns amigos que são cabo-verdianos ou que vivem lá, trocámos emails e telefonemas com os tribunais e com isso elaborámos uma lista com possíveis advogados.

Claro que apesar disto tudo, é sempre um tiro no escuro e a escolha pode não se revelar a melhor. Mas, é decidir e seguir em frente.

E escolhemos uma.

Entrámos em contacto com o escritório e uma das suas assistentes era portuguesa e estava em Lisboa na altura. Encontrámo-nos e acertámos os pormenores.

Tivemos na altura conhecimento que outros casais que já tinham adoptado em Cabo Verde, que tinham optado por só contratar um advogado depois da criança ter sido referenciada. Nós optámos por proceder deste modo!

Mais uma vez reforçamos que, este é um relato da nossa experiência e que neste momento alguns dos passos podem já não ser estes.


Daí aconselhamos que contactem a Meninos do Mundo para informações actualizadas e esclarecimentos adicionais.

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