sexta-feira, 21 de junho de 2013

Tomar uma decisão quando se sabe tão pouco sobre a criança.

Realmente foi isso que se passou, no nosso caso.

Quando a notícia chegou, e com ela o vislumbre de uma criança e de que o momento tinha chegado, o primeiro pensamento que nos veio à cabeça foi o SIM… dizer logo e sem qualquer dúvida que sim, que se fosse possível que a metessem rapidamente num avião, que nós estaríamos no aeroporto para a apanhar…

Mas as coisas não são assim. E é preciso pensar friamente, com a cabeça no lugar (ou o mais possível atendendo às circunstâncias).

Não se está a tratar de um objecto, que se tiver defeito ou não se estiver contente, se leva a factura e se devolve. Estamos a falar de vidas humanas, de sentimentos, de laços que se vão dar e construir para uma vida.

Sobretudo, no nosso caso, o que nos metia mais medo eram as doenças que ela poderia ter e, caso assim fosse, de que modo conseguiríamos lidar com elas, ou não.

Assim sendo, pedimos à nossa advogada que nos desse o máximo de informação que existisse sobre essa criança e que fossem realizadas 2 análises: HIV e Hepatite.

Agora, pensando a esta distância, conseguimos ver que existem um sem número de outras doenças igualmente “perturbantes”, e que na altura nem pensámos nelas.

As informações que tínhamos eram poucas. A pequena foto, as análises que tinham sido pedidas, mas que nunca mais chegavam. As variáveis apresentavam-se quase como um salto no vazio, para a escuridão, quase como um salto de fé.

Mas, depois de se ter visto aquela foto, já não havia nada a fazer.


Era ela! Aquela era a nossa menina!

2 comentários:

  1. Pois foi... aqueles olhos negros bem que nos prenderam... e lembro-me tão bem de te dizer, amor, que mesmo que ela tivesse uma dessas doenças, eu já não me imaginava sem ela!

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  2. E se tivesse vocês eram os melhores pais que ela podia ter!!

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